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Mistérios difíceis de explicar acabam por se tornar alegorias mitológicas. | Os relatos são assustadores. Ora descreve-se como a cabeça de uma pessoa, de cabelos compridos, olhos arregalados e amedrontadores, com um grande sorriso na face, a se deslocar rolando ou saltitando pelo chão.
Outros a descrevem como a cabeça de um cangaceiro, de feições rudes e sempre com um sorriso à contemplar quem com ela se depara. Pode surgir de repente com se fosse uma pessoa comum. Esta sempre aparece de costas para a pessoa, sempre tarde da noite, em lugares onde há pouca luz. Então aquela pessoa taciturna, de repente, se desfaz caindo no chão e aí surge a assustadora cabeça rolante. |
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Há relatos que a descrevem como sendo uma cabeça conduzida numa das mãos, a segurá-la pelos cabelos, por outro ser fantástico, que a solta quando se defronta com alguém para que esta possa perseguir a vítima.
É uma entidade tão temida pelos habitantes das regiões mais remotas, que a simples menção do seu nome já exige o sinal da cruz. Por isso, todos evitam comentar. Mesmo em rodas de conversas sobre assombrações, coisa comum no interior do país, evitam pronunciar tal nome, pois associam o mesmo a encarnação viva do próprio diabo, e dizem que basta que ela toque em alguém para que a pessoa adoeça e morra. É portanto sinal de mal agouro, quando ela corre noites afora, e de repente de detém diante da casa de alguém.
Uma cruz feita da palha do Domingo de Ramos, colada no lado de fora das portas, é a certeza de que ela, diante daquela casa não irá parar. |
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